sexta-feira, 14 de novembro de 2008

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Arroz transgênico



Qual é a diferença entre o arroz transgênico da Bayer e o arroz normal?
O arroz transgênico da Bayer, que se chama Liberty Link 62, não foi pensado para ter fins medicinais e nem para ser mais nutritivo que o arroz normal. Muito longe disso, foi desenvolvido somente para resistir a um tipo de agrotóxico, produzido pela própria Bayer. Quem ganha com isso? A própria Bayer.
A substância ativa presente no agrotóxico da Bayer é o glufosinato de amônio. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, esta substância apresenta riscos de saúde particularmente para gestantes e lactantes.
E se essa variedade for aprovada pelos órgãos governamentais, o que acontece?Se o arroz transgênico for aprovado, corremos o risco de tê-lo plantado, colhido, embalado e à venda no supermercado onde você compra seus alimentos. Poderemos passar a comer diariamente um alimento transgênico, que tem efeitos ainda desconhecidos para a nossa saúde e para o meio ambiente. Além disso, corrermos o risco de consumir um arroz com mais resíduos de agrotóxico.
Podemos mudar isso exigindo o nosso direito de saber o que comemos.
Não engula mais essa. Se você, como a maioria dos brasileiros, come arroz quase todo dia, feche a boca e abra os olhos!



Site da pesquisa:

http://www.greenpeace.org/brasil/transgenicos/arroz-transg-nico/

Opiniões

1. "Esta é uma tecnologia imperfeita que traz o perigo....O mais preocupante é a imprevisibilidade dos seus resultados."
Dr.Michel Antoniou (Senior Lecturer in Molecular Biology, London)

2. "Como nunca nenhum gene funcionou isolado, sempre haverá um efeito inesperado e imprevisível de um gene estrangeiro introduzido em um outro organismo."
Dr. Mae Wan-Ho, Open University, Reino Unido

3. "A Monsanto não deveria se responsabilizar pela segurança dos alimentos produzidos pela biotecnologia. Nosso interesse é vender o máximo possível."
Philip Angell, Diretor de comunicação da Monsanto

4. "A biotecnologia está sendo desenvolvida usando o mesmo discurso que promoveu os defensivos agrícolas. O intuito é atingir dois objetivos a curto prazo: aumentar a produção e as margens de lucro. Este discurso segue o ponto de vista de que a natureza deve ser dominada, explorada e forçada a produzir mais, infinitamente... Este pensamento reducionista analisa sistemas complexos como o da agricultura em termos das partes que o compõem e não como um sistema integrado à natureza. Nessa concepção, o sucesso da agricultura significa ganhos de produtividade a curto prazo, em vez de sustentabilidade a longo prazo."
Jane Rissler (Union of Concerned Scientists)

4. "A conservação dos recursos naturais pode ser um meio melhor e mais seguro de resolver o problema da produção de alimentos e da fome nos países pobres, mesmo porque a fome é menos uma questão de comida do que de dinheiro para comprá-la"
Príncipe Charles

Fatos

1. Muitas multinacionais de biotecnologia tentam convencer a opinião pública a respeito dos benefícios dos transgênicos, argumentando que a engenharia genética vai reduzir o uso de agrotóxicos. Mas, contraditoriamente, as mesmas empresas estão aumentando a sua capacidade de produção destes produtos, chegando, inclusive a pedir permissão para aumentar os resíduos destes químicos na engenharia genética.

2. Até agora, a maioria das empresas que desenvolvem os transgênicos tem direcionado suas pesquisas para a produção de organismos resistentes a seus próprios herbicidas. Isto quer dizer que se uma plantação receber agrotóxicos, todas as plantas morrerão, exceto as que forem resistentes aos mesmos. Dos 27.8 milhões de hectares plantados em 1998 no mundo, 71% eram resistentes à herbicidas. Nos Estados Unidos as sementes transgênicas são vendidas sob um contrato especificando que agricultores que guardarem sementes para plantar na próxima estação, ou usarem outro herbicida que não o produzido pela empresa, poderão ser processados.

3. Experimentos de laboratório em 1998 demostraram que a transferência genética poderia ocorrer entre o açúcar de beterraba transgênico e uma bactéria do solo chamada Acenitobacter. Em teoria, qualquer inseto, pássaro ou outro animal poderia pegar esta bactéria do solo e levar para outro local. Uma vez solto, este novo organismo produzido pela engenharia genética seria capaz de interagir com outras formas de vida, reproduzir-se, transferir suas características para outras espécies e sofrer mutações, entre outras conseqüências o meio ambiente. Uma vez introduzidos no meio ambiente, dificilmente estes organismos transgênicos poderão ser recolhidos novamente. Portanto, qualquer erro ou consequência indesejável pode então ser repassados para gerações futuras.

4. Um estudo recente elaborado na Suíça descobriu que as Lacewings (insetos benéficos que atacam as pestes das lavouras), quando alimentadas com milho Bt, morrem com mais facilidade. O uso de toxinas contra insetos em cultivos transgênicos, também é um fator preocupante, porque pode afetar a base da cadeia alimentar.

5. A Monsanto desenvolveu a tecnologia chamada “exterminadora” (Terminator). Visando proteger sua patente, a empresa produziu sementes que, quando plantadas novamente, são incapazes de germinar. A técnica de guardar as melhores sementes para a próxima estação é uma prática milenar utilizada por mais de um bilhão de agricultores em todo o mundo.

6. Enquanto cientistas trocam genes de lugar, uma corrente de produtores agrícolas e de consumidores faz questão de seguir na contramão da tecnologia. Seu negócio: plantar e colher, de um lado, e comprar e consumir, de outro, alimentos produzidos da forma mais natural possível, sem fertilizantes químicos, agrotóxicos e, muito menos, modificações genéticas.A pequena produção orgânica brasileira não alcança a demanda – na verdade, quase tudo é exportado para a Europa e os Estados Unidos.

Transgênicos no Brasil

Cronologia


Dezembro/97 - A CTNBio autoriza o desembarque do primeiro carregamento de soja geneticamente modificada.
Junho/98 - A Monsanto envia à CTNBio pedido de liberação do cultivo comercial da soja transgênica. A soja Roundup Ready é objeto do primeiro pedido para uso em escala comercial - até então todos os pedidos haviam sido para cultivo experimental.Setembro/98 - A 11ª Vara da Justiça Federal, aplicando o princípio da precaução, proibe a União de autorizar o plantio comercial de soja transgênica enquanto não regulamentar a comercialização de produtos geneticamente modificados e realizar estudo prévio de impacto ambiental.
Junho/99 - O Ministério da Justiça elabora um projeto de portaria exigindo a rotulagem de todo alimento geneticamente modificado ou que tenha no seu processo industrial algum componente obtido por esse método.Janeiro/00 - A Monsanto anuncia que construirá um laboratório de biotecnologia em Minas Gerais e uma fábrica de herbicida na Bahia. O Brasil aprova o Protocolo de Biossegurança da ONU, apoiando o Princípio de Precaução, que permite a um país não aceitar a importação de organismos geneticamente modificados em virtude dos riscos que podem trazer ao meio ambiente e à saúde humana.


Transgênicos à venda



Testes feitos em laboratórios europeus detectaram a presença de transgênicos em 11 lotes de produtos vendidos no Brasil, a maioria deles contendo a soja geneticamente modificada Roudup Ready, da Monsanto ou com o milho transgênico Bt, da Novartis.
- Nestogeno, da Nestle do Brasil, fórmula infantil a base de leite e soja para lactentes contendo soja RR;- Pringles Original, da Procter & Gamble, batata frita contendo milho Bt 176 da Novartis;- Salsicha Swift, da Swift Armour, salsichas do tipo Viena contendo soja RR;- Sopa Knorr, da Refinações de Milho Brasil, mistura para sopa sabor creme de milho verde contendo soja RR;- Cup Noodles, da Nissin Ajinomoto, macarrão instantâneo sabor galinha contendo soja RR;- Cereal Shake Diet, da Olvebra Industrial, alimento para dietas contendo soja RR;- Bac’Os da Gourmand Alimentos (2 lotes diferentes), chips sabor bacon contendo soja RR;- ProSobee, da Bristol-Myers, formula nao lactea a base de proteína de soja contendo soja RR;- Soy Milk, da Ovebra Industrial, alimento a base de soja contendo soja RR;- Supra Soy, da Jospar, alimento a base de soro de leite e proteina isolada de soja contendo soja RR.

Mitos

Os mitos da Biotecnologia

As corporações agroquímicas que controlam a orientação e os objetivos das inovações na agricultura através da biotecnologia argumentam que a engenharia genética estimulará a sustentabilidade na agricultura e solucionará os problemas que afetam a agricultura convencional e tirará os agricultores do Terceiro Mundo da baixa produtividade, pobreza e fome (Molnar e Kinnucan 1989, Gresshoft 1996). Comparando os mitos com a realidade é possível observar que os desenvolvimentos atuais na biotecnologia agrícola não satisfazem as promessas feitas e as expectativas criadas em torno deles.
A Biotecnologia beneficiará os pequenos agricultores e favorecerá os famintos e os pobres do Terceiro Mundo.
Ainda que exista fome no mundo e se sofra devido à poluição por pesticidas, o objetivo das corporações multinacionais é obter lucros e não praticar a filantropia. É por isto que os biotecnologistas criam as culturas transgênicas para uma nova qualidade de mercado ou para substituir as importações e não para produzir mais alimentos (Mander e Goldsmith 1996). No geral, as companhias que trabalham com biotecnologia estão dando ênfase a uma faixa limitada de culturas para as quais existe um mercado seguro e suficiente, visando os sistemas de produção exigentes em capital. Se os biotecnologistas estiverem realmente interessados em alimentar o mundo, porque o gênio científico da biotecnologia não procura desenvolver variedades de culturas que sejam mais tolerantes a ervas daninhas em vez de ser tolerantes a herbicidas? Ou porque não estão sendo desenvolvidos outros produtos mais promissores da biotecnologia tais como plantas fixadoras de nitrogênio e plantas resistentes à seca?
A Biotecnologia estimulará a conservação da biodiversidade.
Embora a biotecnologia tenha a capacidade de criar uma grande variedade de plantas comerciais e desta forma contribuir para a biodiversidade, este fato é improvável de ocorrer. A estratégia das multinacionais é criar grandes mercados a nível internacional para um único produto. Os sistemas agrícolas desenvolvidos com plantas transgênicas mediante a biotecnologia favorecerão as monoculturas, as quais estão caracterizadas por níveis perigosamente elevados de homogeneidade genética levando a uma maior vulnerabilidade dos sistemas agrícolas
A Biotecnologia é ecologicamente segura e constituirá o início de uma era de agricultura sustentável livre de químicos.
Espera-se que a Biotecnologia venha solucionar os problemas causados pelas tecnologias agroquímicas anteriores (resistência a pesticidas, poluição, degradação do solo, etc.) que foram promovidas pelas mesmas companhias que atualmente lideram a bio-revolução. As culturas transgênicas provavelmente estimularão um aumento no uso de pesticidas, o surgimento de insetos resistentes e acelerarão a evolução das “super ervas daninhas” (Rissler e Mellon 1996). Já foi provado que a idéia de resistência de “uma praga – um gene”, é rapidamente superada pelas pragas que estão continuamente adaptando-se a novas situações e desenvolvendo mecanismos de detoxificação (Robinson 1997). A promoção das monoculturas comprometerá os métodos agrícolas ecológicos, tais como rotação de culturas e o plantio de policulturas (Hindmarsh 1991).
A Biotecnologia estimulará o uso da biologia molecular em benefício de todos os setores da população.
A demanda pela nova biotecnologia não surge como o resultado de demandas sociais e sim a partir de mudanças na lei de patentes e do interesse econômico das companhias químicas em associar as sementes aos pesticidas. Á medida em que as universidades realizem parcerias com as corporações, a responsabilidade social dos cientistas fica comprometida. Áreas de pesquisa em controle biológico e agroecologia que não atraem o apoio das corporações são deixadas de lado, apesar disso não refletir o interesse público (Kleinman e Koppenburg 1988).


Site da pesquisa:

http://transgenicos.vilabol.uol.com.br/

Alimentos Transgênicos - Devemos consumí-los?


Enquanto as empresas não garantirem a segurança e a qualidade relativamente a estes alimentos, devemos evitar a sua compra e o seu consumo. Assim, se não consumirmos alimentos Transgénicos, evitamos que eles sejam plantados e protegemos o meio-ambiente.


Site da pesquisa:

http://escola-contra-transgenicos.naturlink.pt/index.html