1. Muitas multinacionais de biotecnologia tentam convencer a opinião pública a respeito dos benefícios dos transgênicos, argumentando que a engenharia genética vai reduzir o uso de agrotóxicos. Mas, contraditoriamente, as mesmas empresas estão aumentando a sua capacidade de produção destes produtos, chegando, inclusive a pedir permissão para aumentar os resíduos destes químicos na engenharia genética.
2. Até agora, a maioria das empresas que desenvolvem os transgênicos tem direcionado suas pesquisas para a produção de organismos resistentes a seus próprios herbicidas. Isto quer dizer que se uma plantação receber agrotóxicos, todas as plantas morrerão, exceto as que forem resistentes aos mesmos. Dos 27.8 milhões de hectares plantados em 1998 no mundo, 71% eram resistentes à herbicidas. Nos Estados Unidos as sementes transgênicas são vendidas sob um contrato especificando que agricultores que guardarem sementes para plantar na próxima estação, ou usarem outro herbicida que não o produzido pela empresa, poderão ser processados.
3. Experimentos de laboratório em 1998 demostraram que a transferência genética poderia ocorrer entre o açúcar de beterraba transgênico e uma bactéria do solo chamada Acenitobacter. Em teoria, qualquer inseto, pássaro ou outro animal poderia pegar esta bactéria do solo e levar para outro local. Uma vez solto, este novo organismo produzido pela engenharia genética seria capaz de interagir com outras formas de vida, reproduzir-se, transferir suas características para outras espécies e sofrer mutações, entre outras conseqüências o meio ambiente. Uma vez introduzidos no meio ambiente, dificilmente estes organismos transgênicos poderão ser recolhidos novamente. Portanto, qualquer erro ou consequência indesejável pode então ser repassados para gerações futuras.
4. Um estudo recente elaborado na Suíça descobriu que as Lacewings (insetos benéficos que atacam as pestes das lavouras), quando alimentadas com milho Bt, morrem com mais facilidade. O uso de toxinas contra insetos em cultivos transgênicos, também é um fator preocupante, porque pode afetar a base da cadeia alimentar.
5. A Monsanto desenvolveu a tecnologia chamada “exterminadora” (Terminator). Visando proteger sua patente, a empresa produziu sementes que, quando plantadas novamente, são incapazes de germinar. A técnica de guardar as melhores sementes para a próxima estação é uma prática milenar utilizada por mais de um bilhão de agricultores em todo o mundo.
6. Enquanto cientistas trocam genes de lugar, uma corrente de produtores agrícolas e de consumidores faz questão de seguir na contramão da tecnologia. Seu negócio: plantar e colher, de um lado, e comprar e consumir, de outro, alimentos produzidos da forma mais natural possível, sem fertilizantes químicos, agrotóxicos e, muito menos, modificações genéticas.A pequena produção orgânica brasileira não alcança a demanda – na verdade, quase tudo é exportado para a Europa e os Estados Unidos.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
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